Para o povo Omágua (Kambeba), o grafismo tem um grande significado, representa o poder e, em tempos antigos, era utilizado come meio de comunicação. Todo grafismo tem um significado: eles representam os caminhos percorridos pelo povo Omágua nas florestas, nos rios e nas suas aldeias; representam a contagem do tempo, dos dias, dos meses e dos anos; suas formas de comparação com os fenômenos de tudo que está ao seu redor. 

Os grafismos como forma de comunicação sempre desenvolveram um papel muito importante, pois serviam de sinais para avisar em caso de perigo ou de guerra. 

Os grafismos mais frequentes são aqueles de festa e têm diversas formas, conforme o que representam: o nascimento, a menina moça, os jovens, o casamento, o legado de posse Yakã Tuxaua para outro, o enterro. 

Antigamente, o povo Omágua era distribuído em dois grupos. Os Omáguas das ilhas e várzeas usavam pinturas de animais terrestres, aquáticos, de aves e plantas; só os caciques que tinham (e ainda têm) pinturas exclusivas, tão como uma tiara para cabeça feita do fio do algodão batido e tecido – ou de palha e fibra – e decorada com o grafismo relacionado ao cargo ocupado como liderança. O outro grupo, conhecido como Omágua da Terra Firme, possuía as pinturas de clãs de animais ferozes, venenosos, insetos que picam ou fenômenos da natureza como raios, relâmpagos, trovões, chuva, vento, sol e lua.